Muito se tem ouvido nos noticiários sobre mortes ocorridas em praias e piscinas, a segunda com maior frequência. Em sua grande maioria, as vítimas são crianças na faixa de idade de 1 a 9 anos, que estão em seus momentos de lazer. A causa desse trauma está na falta de prevenção e cuidado.
No mundo, cerca de 500 mil pessoas morrem afogadas por ano, no Brasil esse número é bastante alto também, aproximadamente 7 mil pessoas por ano, aproximadamente 20 pessoas todos os dias. Apesar de tantas mortes por afogamento, poucas são as noticiadas. Mas é preciso ter cuidado, afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento!
De forma geral, poucas atitudes preventivas são colocadas em prática, a providência é tomada apenas depois que os afogamentos acontecem. Uma atuação pró-ativa é a solução mais eficaz para o problema. Muito se discute sobre culpados e responsáveis, porém, isso é tardio e geralmente sem efeito.
Segundo um artigo publicado no mês de maio, em uma das mais conceituadas revistas médicas The New England Journal of Medicine, o maior fator de risco para a morte por afogamento é a falta ou o descuido na supervisão de crianças por um adulto. Mesmo a segurança na água provida por guarda-vidas não substitui a supervisão dos pais ou responsáveis.
Medidas de Prevenção:
Em praias:
* Pergunte sempre ao guarda-vidas qual é o melhor local para banho, procure nadar próximo a ele;
* Tenha atenção com as crianças, caso encontre alguma perdida leve-a ao posto de guarda-vidas;
* Evite ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes do banho de mar;
* Nade longe de pedras, estacas ou piers;
* Cuide com as valas, nelas há maior correnteza apesar de aparentar uma falsa calmaria;
* Certifique-se da profundidade da região em que deseja mergulhar;
* Ao pescar em pedras, observe se a onda não pode alcançá-lo;
* Afaste-se de animais marinhos como água-viva e caravelas;
* Respeite as sinalizações de perigo na praia.
Em piscinas:
* Cuide com os horários de banho, a hora do almoço deve ser evitada;
* Tenha grades ao redor da piscina, elas dificultam o acesso de crianças;
* Boias de braço e dispositivos flutuantes não reduzem o risco de afogamento, tome cuidado;
* Evite brinquedos próximos à piscina, eles funcionam como verdadeiros atrativos;
* Desligue o filtro da piscina quando estiver usando-a;
* Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego sem supervisão;
* Cuidado ao mergulhar em locais rasos, o ideal é colocar avisos;
* Caso deixe a piscina, leve as crianças que estiverem usando-a consigo;
* Cuidado, mais de 40% dos proprietários de piscinas não sabem realizar primeiros socorros.
Em casa:
*Feche a tampa de vasos sanitários e porta de banheiros;
*Mantenha baldes e recipientes como bacias que podem acumular água secos ou virados de boca para baixo.
*Em caso de tempestades permaneça longe da água (mar, rios, lagos e piscinas).
Em embarcações:
*Todos devem utilizar coletes salva vidas, mesmo aqueles que sabem nadar.
Lembre-se:
* 85% dos afogamentos podem ser evitados;
* Em caso de afogamento ligue imediatamente para o telefone 193;
* Nunca tente salvar alguém se afogando se houver risco a sua segurança.
3º Sargento Alan Kuriaki Teodoro de Castro,
Resp. p/ Comando da 3ªSB/2ºSGBI.